O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na manhã deste domingo (5) para o Rio Grande do Sul com uma comitiva de representantes dos três poderes. Em Porto Alegre, o grupo se reunirá com autoridades locais para discutir as ações de resposta à tragédia causada pelas fortes chuvas e enchentes que atingem a região. Lula decolou da base aérea de Brasília acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, de 13 ministros e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O ministro Luiz Edson Fachin, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), também está na comitiva. A comitiva federal tem previsão de pousar na base aérea de Canoas, cidade vizinha a Porto Alegre. A comitiva vai se reunir com o governador Eduardo Leite (PSDB). Os ministros Paulo Pimenta (Secom) e Waldez Goés (Integração Regional) já estão na capital gaúcha. Segundo a assessoria da Presidência, 18 autoridades embarcaram com Lula:
RS registra 55 mortes até sábadoAté a manhã deste domingo (5), a Defesa Civil do RS registrava 66 mortes e 101 desparecidos em razão das enchentes. Além disso, mais de 95 mil pessoas estavam fora de suas casas. Lula foi ao estado na quinta-feira (2) e se reuniu com Leite. No encontro, na cidade de Santa Maria, o presidente disse que não faltarão recursos nem esforços do governo federal para ajudar a população atingida pelas chuvas. O governo gaúcho declarou estado de calamidade, reconhecido pelo governo federal, que criou um escritório para monitorar as ações no estado. O Rio Grande do Sul enfrenta o quarto desastre climático em menos de um ano. Em 2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro, deixando, somados, 75 mortos. No momento, após mais de uma semana de chuvas, o esforço de resgate está concentrado em Porto Alegre e na região metropolitana, nas cidades de Eldorado do Sul, Canoas e Guaíba. Em Porto Alegre, o Guaíba transbordou e avançou sobre ruas e avenidas. A estação rodoviária da cidade foi inundada e as viagens foram suspensas. Já o Aeroporto Salgado Filho foi fechado "devido ao elevado volume de chuvas". O nível do Guaíba superou 5 metros de altura, acima da marca de 4,76m registrada ne enchente histórica de 1941.
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