Família doa órgãos de mulher vítima de acidente envolvendo secretário de trânsito de São Bento

A história trágica de um acidente de trânsito em São Bento, na Paraíba, ganhou um ato de generosidade que pode salvar vidas. Sônia Maria Belo, de 46 anos, irmã da vítima, uma mulher de 38 anos que morreu após um Trauma Crânio Encefálico (TCE) causado por um acidente envolvendo moto e carro no último domingo (16), decidiu autorizar a doação dos órgãos da falecida para ajudar outras pessoas em situação de vulnerabilidade. A capitação foi feita nesta quarta-feira (19).

A vítima era irmã de Sônia, que relatou emocionada que, mesmo num momento difícil, a família procurou entender que muitas pessoas estavam precisando de ajuda. Ao ser abordada pela assistência social sobre a possibilidade da doação de órgãos, Sônia consultou a mãe e a irmã mais nova, e juntas tomaram a decisão de realizar essa "boa ação" sabendo que os órgãos da falecida poderiam seguir para outras pessoas e salvar vidas.

O acidente, que envolveu o secretário de mobilidade urbana do município de São Bento, Alisson Batista de Freitas Ramalho, teve consequências graves e resultou na morte da mulher e deixou um homem gravemente ferido. Segundo relatos, o secretário fugiu do local sem prestar socorro, o que levou a sua entrega à Polícia Civil nesta terça-feira (18). Em decorrência do acidente e de sua conduta, o secretário foi exonerado do cargo que ocupava na prefeitura de São Bento.

Apesar do triste episódio, a decisão da família possibilitou o suporte ao potencial doador de órgãos até o momento da captação no Hospital de Trauma de Campina Grande. Essa será a 18ª captação de múltiplos órgãos do ano na Paraíba, envolvendo o fígado, os rins e as córneas. Os órgãos serão destinados a receptores na Paraíba e em Pernambuco.

A diretora da Central Estadual de Transplantes, Rafaela Dias, enfatizou que o diagnóstico da morte encefálica é o ponto inicial para o desencadeamento do processo de doação e transplantes de órgãos. Ela ressaltou que doar é um ato de generosidade que pode dar esperança e uma segunda chance a pessoas que lutam por suas vidas, e que a doação é regulamentada por leis e diretrizes éticas para garantir que os órgãos sejam encaminhados adequadamente para transplantes.

Este ano, a Paraíba já realizou 141 transplantes, sendo 100 de córneas, seis de corações, 20 de rins, 12 de fígados e três de medula óssea. A atitude da família enlutada demonstra a importância da doação de órgãos como uma forma de deixar um legado positivo e continuar salvando vidas, mesmo após a partida de um ente querido.

Portal T5

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